Segundo a SES, um bebê foi infectado e apresentou os sintomas, enquanto os demais teriam sido colonizados pela bactéria, mas não teriam apresentado reações.

Por: Diário de Pernambuco Publicação: 09/10/2014 14:06 Atualização: 09/10/2014 16:15 
Foto: Carolina Braga/Esp. DP/D.A Press/Arquivo
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Barão de Lucena (HBL), na zona oeste do Recife, vive um surto da superbactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase). A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou que um bebê foi infectado e apresentou os sintomas e estaria sendo tratado com antibióticos, em quadro estável. 

Outros oito pacientes, ainda segundo a SES, teriam sido colonizados pela bactéria, mas não teriam apresentado reações. Uma criança teria apresentado cultura negativa para bactéria e estaria aguardando nova rodada de exames para receber alta médica. 

De acordo com a pasta, todos estariam isolados em uma mesma UTI, com visitas restritas para evitar a contaminação. Segundo a secretaria, todas as medidas de controle preconizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estariam sendo tomadas e a situação estaria sob controle, sem o registro de novos casos há uma semana. Nenhum óbito foi registrado.

O caso foi informado por Carolynne de Brito, mãe do menino Ryan Tenório, de dois anos e nove meses, depois de saber que o filho seria um dos pacientes em isolamento. Ryan sofre de Síndrome de Ondine, doença rara e vive na unidade de saúde desde os cinco meses de vida. Colonizado pela bactéria, o garoto estaria fora de perigo.

Carolynne briga na Justiça pelo direito a atendimento domiciliar (home care) e para que o governo custeie uma cirurgia no diafragma, para implantação de um dispositivo semelhante a um marcapasso, que custa quase R$ 500 mil. 

Confira, na íntegra, a nota oficial da SES:

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informa que dez crianças da UTI Neonatal do Hospital Barão de Lucena (HBL) apresentaram resultado positivo para a bactéria multirresistente KPC. 

Dessas dez, oito estão colonizadas, ou seja, possuem a bactéria em sua superfície corpórea e mucosa, porém não apresentam nenhum sintoma. Apenas um paciente está infectado, mas está clinicamente estável, fazendo uso de antibiótico. Um deles já apresentou cultura negativa para bactéria e está aguardando nova rodada de exames para receber alta médica (são necessárias duas culturas negativas). 

Todas as medidas de controle preconizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estão sendo seguidas para evitar novos casos, como isolamento, técnicas de higienização, desinfecção interna e externa da UTI, além de orientação a todos os profissionais de saúde da unidade. Vale salientar que há mais de uma semana que não são registradas novas ocorrências, o que confirma que a situação está controlada na unidade.