IBGE divulga as estimativas populacionais dos municípios em 2015 e Santa Maria do Cambucá CRESCE...
31/08/2015
Há quem não goste de chamar de crise, mas o fato é que a conjuntura macroeconômica do Brasil não anda muito boa. Aperto fiscal, problemas hídricos e energéticos, inflação acima da meta, desvalorização do real ante o dólar, desequilíbrio das contas públicas e escândalos de corrupção são apenas alguns exemplos de problemas que têm abalado a economia do País e o setor produtivo como um todo. Mesmo diante de todos esses desafios Santa Maria do Cambucá sai dos 13.215
do ano de 2012 e passa para 13.826 em 2015. Em um cenário assim, fica difícil imaginar a existência de Municípios com projeções de crescimento para 2015, mas a verdade é que o otimismo continua presente na cidade, causando possibilidades de crescimento em meio à situação adversa.
O IBGE divulga hoje, 28 de agosto de 2015, as estimativas das populações residentes nos 5.570 municípios brasileiros com data de referência em 1º de julho de 2015. Estima-se que o Brasil tenha 204,5 milhões de habitantes e uma taxa de crescimento de 0,87% de 2014 para 2015. O município de São Paulo continua sendo o mais populoso, com 12,0 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6,5 milhões), Salvador (2,9 milhões) e Brasília (2,9 milhões). Dezessete municípios brasileiros possuem mais de um milhão de habitantes, somando 44,9 milhões de habitantes ou 22,0% da população total do Brasil.
No ranking dos estados, os três mais populosos localizam-se na região Sudeste, enquanto os três menos populosos localizam-se na região Norte. O estado de São Paulo, com 44,4 milhões de habitantes, concentra 21,7% da população total do país. O estado de Roraima é o menos populoso, com 505,7 mil habitantes (0,2% da população total), seguido do Amapá, com 766,7 mil habitantes (0,4% da população total) e do Acre, com 803,5 mil habitantes (0,4% da população total).
As estimativas populacionais são fundamentais para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos nos períodos intercensitários e são, também, um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União na distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios. Esta divulgação anual obedece ao artigo 102 da lei nº 8.443/1992 e à Lei complementar nº 143/2013.
A tabela com a população estimada para cada município foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.) de hoje, 28 de agosto de 2015. A nota metodológica e a tabela com as estimativas das populações para os 5570 municípios brasileiros e para as 27 Unidades da Federação pode ser consultada neste link.
Mais da metade (56,1%) da população vive em 304 municípios
A distribuição da população brasileira em seus 5.570 municípios mostra uma alta concentração em grandes centros urbanos. Os 41 municípios com mais de 500 mil habitantes concentram 29,9% da população do Brasil (61,2 milhões de habitantes) e mais da metade da população brasileira (56,0% ou 114,6 milhões de habitantes) vive em apenas 5,5% dos municípios (304 municípios), que são aqueles com mais de 100 mil habitantes. Por outro lado, apenas 6,3% da população (1,4 milhão) residem em 2.451 municípios brasileiros (44,0% dos municípios) com até 10.000 habitantes.
Distribuição da população e dos municípios segundo grupos de tamanho populacional dos municípios
Quando se excluem as capitais, os municípios mais populosos são Guarulhos, Campinas, São Gonçalo, Duque de Caxias, São Bernardo do Campo, Nova Iguaçu, Santo André, Osasco, São José dos Campos e Jaboatão dos Guararapes.
Serra da Saudade (MG) é o município brasileiro de menor população, estimada em 818 habitantes em 2015, seguido de Borá (SP), com 836 habitantes e Araguainha (MT) com 976 habitantes. Esses três municípios são os únicos no país com menos de mil habitantes em 01/07/2015. A população dos 18 municípios menos populosos (com menos de 1.500 habitantes) soma 22.281 habitantes, representando aproximadamente 0,01% da população total do Brasil.
Considerando a composição das regiões metropolitanas em 31 de dezembro de 2014, a RM de São Paulo é a mais populosa, com 21,1 milhões de habitantes, seguida da RM do Rio de Janeiro (12,3 milhões de habitantes), da RM de Belo Horizonte (5,8 milhões de habitantes), da RM de Porto Alegre (4,3 milhões de habitantes) e da Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do Distrito Federal e Entorno (4,2 milhões de habitantes). As 26 regiões metropolitanas com população superior a 1 milhão de habitantes somam 93,2 milhões de habitantes, representando 45,6% da população total.
Onde: RM = Região Metropolitana e RIDE = Região Integrada de Desenvolvimento
Nota: Composição das Regiões Metropolitanas vigente EM 31/12/2014.
24,5% dos municípios apresentaram redução populacional
Dos 5.570 municípios, 24,5% (1.364 municípios) apresentaram taxas de crescimento negativas, ou seja, redução populacional de 2014 para 2015. Mais da metade dos municípios brasileiros (52,6% ou 2.930 municípios) apresentou crescimento que variou entre 0,0% e 0,9% e 271 municípios (4,9%) apresentaram crescimento igual ou superior a 2,0%. Apenas 65 municípios apresentaram crescimento superior a 3,0%.
O grupo de municípios com até 20 mil habitantes apresentou maior proporção de municípios com redução populacional ou crescimento de até 0,5%. Já o grupo de municípios com mais de 100 mil habitantes apresentou maior número proporcional daqueles com taxas de crescimento superiores a 1%.
Existem, ainda, diferenças marcantes entre as grandes regiões. O Norte e o Centro-Oeste são as regiões que possuem as maiores proporções de municípios com taxas altas de crescimento (acima de 1%). Por outro lado, o cenário da região Sul apresenta maior proporção de municípios com taxas negativas de crescimento.
Número de municípios por taxa geométrica de crescimento, segundo grupos de tamanho populacional. Brasil 2014-2015
O município com a maior taxa de crescimento no período 2014-2015 foi Brejo de Areia (MA) calculada em 113,72%, seguido de Juazeiro do Piauí (PI) (11,23%) e Banzaê (BA) (9,17%), tendo os três municípios sofrido alterações nos limites territoriais. Já o município de Severiano Melo (RN) apresentou a menor taxa de crescimento (-9,01%), seguido de Japurá (AM), com -8,47%.
Fonte: Site IBGE
0 Comentários