De acordo com a delegada responsável pelo inquérito da morte do menino, Caroline Bamberg, as informações estão em dois vídeos que reforçam os indícios de que Leandro e Graciele, assassinaram o garoto
Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, que foi encontrado morto. Foto: Divulgação/Policia
Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, encontrado morto em abril deste ano, era dopado pelo pai, o médico Leandro Boldrini, 38, e ameaçado pela madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini, 32. A informação foi dada pela delegada responsável pelo inquérito da morte do menino, Caroline Bamberg, durante depoimento de quase cinco horas no Fórum de Três Passos, noroeste do Rio Grande do Sul. De acordo com ela, as informações estão em dois vídeos que reforçam os indícios de que Leandro e Graciele, atualmente presos, são responsáveis pelo assassinato do garoto.
Em uma das gravações, Leandro chama o filho para tomar um remédio e, em seguida, Bernardo aparece grogue. “O Leandro diz ao Bernardo: ‘É esse remedinho que tu tens que tomar’. Nesse trecho, aparece ele tomando medicamento e voltando meio ‘grogue’. Foi proposital”, afirmou a delegada no fim do depoimento. Ela contou que a exibição das imagens foi impactante. O vídeo tem cerca de 15 minutos e não foi divulgado para a imprensa.
A outra gravação, que mostraria a constante tensão dentro de casa e a negligência de Leandro em relação ao filho, traz uma ameação de morte feita por Graciele. Ela diz ao garoto: “Vamos ver quem vai primeiro para baixo da terra”. Além de não tentar impedir que a discussão prossiga, Leandro manda que o filho “cale a boca”. Bernardo teria berrado por socorro várias vezes, até que a Brigada Militar chegou à casa da família. “Vai lá agora, seu cagão, cagão”, provocou a madrasta, na chegada dos policiais.
Depois do assassinato do menino, o médico apagou o vídeo do celular, mas técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) conseguiram recuperar as imagens, que teriam sido feitas às vésperas do Dia dos Pais do ano passado e são mantidas em sigilo pela polícia. Além do casal, estão presas duas pessoas acusadas de participação no crime. São elas Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele que confessou o crime à polícia, e o irmão dela, Evandro Wirganovicz.
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