No tempo normal deu Sport com a vitória por 1×0 no fim do jogo. Nos pênaltis, o time da Ilha também foi mais eficiente e carimbou a vaga na final do Campeonato Pernambucano 2014 ao vencer por 5×3 . 

Foto: Guga Matos/JC Imagem

A partir de quarta-feira, os rubro-negros enfrentam o Náutico em dois jogos para se conhecer o campeão estadual. O primeiro confronto será na Ilha do Retiro. O jogo de volta, na outra quarta, na Arena Pernambuco.
O técnico Eduardo Baptista gostou da atuação do time no primeiro tempo da decisão da Copa do Nordeste e manteve Wendel pelo lado esquerdo do campo. Mesmo assim, o Sport manteve a postura ofensiva que se esperava de um time que só jogava por um resultado. O posicionamento dos jogadores rubro-negros era marcar o Santa logo em sua saída de bola. Prova disso foi a postura dos dois laterais, Patric e Renê, posicionando-se na linha de meio de campo.
De seu lado, Vica manteve o trio de volantes que deu certo na vitória por 3×0 na semana passada. Não tanto pela posição mas muito mais pela postura, o tricolor praticamente ficou assistindo seu adversário jogar. Os volantes ajudavam na marcação dos laterais do Sport. Raul e Caça Rato também recuaram para evitar que os volantes leoninos aparecessem como elementos surpresa. Sobrou para Leo Gamalho ficar sozinho entre os zagueiros do Sport.
Mesmo com o domínio territorial, o Sport teve dificuldade para finalizar. Só veio fazê-lo com perigo aos 22 minutos e na bola parada. Neto Baiano bateu com violência e Tiago Cardoso defendeu parcialmente. No rebote, ninguém do Sport aproveitou. Apenas dois minutos depois, um escanteio rendeu ótima oportunidade para Wendel. Ferron ajeitou de cabeça para o camisa 7 chutar prensado e a bola sobrar fácil para Tiago Cardoso. O Santa conseguiu sair lá de trás em velocidade. Aos 25, Leo Gamalho chutou mas Ferron apareceu na hora para bloquear.
Cada goleiro voltaria a fazer uma defesa antes dos 30 minutos. Tiago teve que trabalhar mais duro num chute rasteiro de Patric. Já Leo Gamalho facilitou a vida de Magrão ao mandar de cabeça no meio do gol. Os donos da casa tiveram sua melhor chance aos 42. Patric avançou livre e cruzou para a pequena área. Felipe Azevedo esticou a perna direita mas a conclusão foi por cima do gol. A resposta dos corais foi quase instantânea. Um minuto depois Memo acertou um foguete de fora da área e Magrão teve que se esticar para mandar a escanteio.
Os dois times voltaram para o segundo tempo com a mesma disposição que ambos apresentaram no primeiro. O Santa só quis se defender e o Sport não tinha mais nada a fazer do que procurar ao menos um gol que lhe desse vantagem. O problema é que os dois times mostravam bem menos força para executar seus planos. O Sport tocava a bola de forma mais lenta, assim facilitava a vida de seus marcadores. Nem mesmo a liberdade maior de que desfrutou Ewerton Páscoa conseguiu fazer a diferença.
Pelo que foi comentado acima sobre o Sport dá para imaginar como estava o Santa. Novamente recuado e, como agravante, o fato de apenas livrar-se da bola. O pouco que trocou passes no primeiro tempo não foi visto no segundo. Essa forma de jogar fez com que Leo Gamalho se transformasse num mero espectador dentro das quatro linhas. O atacante tricolor irritava-se constantamente, pedindo aos companheiros que trabalhassem mais a bola para trazê-la ao setor ofensivo.
A partida estava assim, tensa, quando veio o lance crucial. Aos 13 minutos, Aílton bateu falta na área tricolor. De costas, Ewerton Páscoa desviou para as redes. No entanto, o árbitro Sebastião Rufino Filho anulou a jogada por falta em Tiago Cardoso. A polêmica é que na hora de sair para tentar cortar a bola, Cardoso tropeçou em Éverton Sena, que havia caído nas trombadas por disputa de espaço. Os rubro-negros ainda teriam outro gol anulado, desta vez corretamente. Aos 20, Ferron desviou cobrança de escanteio e o atacante foi em direção à bola, que entrou no canto. O assistente Clóvis Amaral notou impedimento, já que o camisa 9 teve participação ativa na jogada.
O jogo limitava-se apenas à metade vermelha preta e branca do campo. Eram dez mandando bolas para a área e outros dez afastando-a de todas as maneiras. Mas de tanto insistir o Sport conseguiu seu gol salvador. Aos 42 minutos, Renan Oliveira bateu falta na área e Ferron cabeceou para o lado oposto da pequena área. Leonardo chutou no canto direito de Tiago Cardoso.
O tempo se estenderia até os 48 mas o Santa parceu prostrado por tanto tempo enterrado em seu campo defensivo que não mostrou o mínimo esforço de tentar o milagre do gol de empate que o classificaria para a final.
Nos pênaltis, dois gigantes no gol e Magrão terminou levando a melhor sobre Tiago Cardoso. A disputa estava empatada em 2×2 com Leonardo e Renan Oliveira batendo para o Sport e Leo Gamalho e Renatinho descontando para o Santa. Na terceira batida, Patric fez 3×2. Carlos Alberto tentou empatar no canto esquerdo e Magrão foi buscar a bola. Ewerton Páscoa aumentou a vantagem leonina e Sandro Manoel bateu o pênalti que manteve o Santa vivo.
Restava apenas Neto Baiano. Se o Sport convertesse, Renan Fonseca não precisaria bater pelo Santa. E quis o destino que o atacante que quase foi liberado para acompanhar o velório do avô, falecido na véspera da partida, bastesse forte, no canto esquerdo. Tiago Cardoso foi lá mas não conseguiu defender.
Ficha de jogo
Sport: Magrão, Patric, Durval, Ferron e Renê; Rodrigo Mancha, Ewerton Páscoa, Aílton (Leonardo) e Wendel (Renan Oliveira); Felipe Azevedo (Bruninho) e Neto Baiano. Técnico Eduardo Baptista.
Santa Cruz: Tiago Cardoso; Oziel, Renan Fonseca, Everton Sena e Zeca; Sandro Manoel, Memo, Luciano Sorriso (Éverton) e Raul (Carlos Alberto); Flávio Caça Rato e Leo Gamalho.
Local: Ilha do Retiro. Árbitro: Sebastião Rufino Filho. Assistentes: Clóvis Amaral e Charles Rosas. Gol: Leonardo, aos 42 do segundo tempo. Cartões amarelos: Aílton, Neto Baiano, Érico Júnior, Luciano Sorriso, Oziel e Raul.

Fonte: http://blogs.ne10.uol.com.br/torcedor/2014/04/13/sport-vence-tempo-normal-nos-penaltis-e-esta-na-final-com-o-nautico/